Danna Devonne

Danna Devonne

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Estilo Melissa 2

                                      Roupas da Mel s2

 

                                                       http://loja.ohceus.com


                                                     


                                          Sweater Morcego de Bandeira UK Comprar


                                                                       

                                                 Calça Jeans Destroyed  Comprar


                                                               
                                                                           

                                                         Slippers Dog Comprar


                                                              
                                                             

                                                        Touca Cat Ears Comprar

Até a próxima :*

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Capítulo 8

"Me beije sob a Via Láctea
Me guie para fora, no solo enluarado
Levante sua mão aberta e chame a banda e faça
Os vaga-lumes dançarem, A lua prateada está cintilante
Então, me beije"
- Sixpence None The Richer - Kiss Me

Mel acordou, foi difícil abrir os olhos, pois eles doíam. A cabeça de Mel girava quando ela se sentou no sofá. Ela posou a cabeça no joelho.
– Bom dia! – disse sua mãe passando rápido.
Mel levantou a cabeça.
– Aonde a Sra. vai mãe? – perguntou Mel com os olhos semicerrados.
– Trabalhar.
– Ah – Mel se deitou novamente.
– Você está melhor? – perguntou Lorena colocando a mão na testa da filha.
– Não sei.
Sua mãe se levantou e começou a arrumar uma bolsa de couro.
– Você ainda está febril, mas eu não posso faltar no trabalho. Como eu sei que você não toma os remédios por conta própria eu pedi para o Brandon vir aqui fazer você tomar.
Melissa se sentou ereta.
– Você o que?! – exclamou ela.
– Deixa de drama – disse sua mãe.
– Drama? Não tinha outro dia pior pra você convidar pra me ver?
– Ele não vai vim te ver, vai vim te dar o remédio. Sua besta.
– Do mesmo jeito ele vai me ver.
– Tanto faz. O fato é que ele vai vim.
– Aff. Você só inventa – disse Melissa desistindo entediada.


– A gente se vê no jantar – disse ela dando um beijo na testa de Mel e saindo. Nathan ainda dormia no coxão que estava no chão.
 Mel se levantou e foi até o único banheiro que estava funcionando na casa, devido a reforma que estava tendo feita no outro andar. Ela entrou e se viu no espelho. CRUZES – pensou Melissa. Seu rosto naturalmente rosado estava pálido, seus lábios estavam roxos, havia olheiras rixas ao redor de todo os olhos, sem falar no seu cabelo que estava parecendo uma palha. Mel se sentou na tampa do vaso sanitário encarando o chão. Passou-se quase um minuto ela foi pegar roupas limpas para tomar banho. Até parece que ela deixaria Brandon a ver assim, parecendo um zumbi. Mel tomou um banho quente demorado. Quando saiu vestiu suas roupas limpas e cheirosas e passou uma colônia. Escovou os dentes umas 4 vezes pra ter certeza que não cheirava a vomito. Após terminar ela voltou para o sofá e entrou debaixo das cobertas. Nathan acordou dando um bocejo de onça.
– Ai. Que bafo – disse Melissa tapando o nariz.
– Não enche o saco – disse ele de levantando e indo até o banheiro.
Mel olhou para o relógio romano, eram 09:23 AM. Parecia que esse dia estava mais frio do que ontem, os dedos do pé de Mel estavam gelados e doloridos.
A campainha tocou. O coração de Melissa começou a disparar. A campainha tocou mais uma vez, mas ela nem se mexeu. Tocou mais uma vez.
– Você não atende não? – perguntou Nathan que passou correndo para abrir a porta.
Mel ouviu voz de homem, mas não era a de Brandon. Graças a Deus – pensava Mel cada vez mais deslizando para debaixo das cobertas.
Os dois homens subiram até o outro andar e em instantes começaram os barulhos de furadeira e sei lá mais o que.
Já era 09:31 AM, talvez Brandon tivesse esquecido por sorte de Melissa. Então a campainha soou.
– Pode entrar. Ela tá na sala – Melissa ouviu Nathan dizer.
Mel escorreu mais para de baixo do cobertor cobrindo a metade do rosto. Brandon apareceu na sala. Ele vestia uma jaqueta de couro preta e calça jeans escura.
– Oi – disse ele se sentando perto de seu pé.
– Oi – disse meu por debaixo do cobertor.
– Você está melhor? – perguntou ele preocupado.
– Sinceramente? Não sei.
– Onde a sua mãe coloca o remédio?


– Lá no caldeirão das bruxas – disse Mel entediada.
Brandon riu, o que fez o coração dela disparar.
– To falando sério – disse ele.
– Ali – disse Melissa apontando para uma caixa de primeiros socorros que ficava em uma mesinha.
Brandon se levantou, o pegou e abriu. Ele pegou os comprimidos e tirou um.
– Você toma com água? – perguntou ele se virando pra ela.
Mel assentiu. Ele foi até a cozinha.
– Aonde fica os copos? – perguntou ele da cozinha.
– No armário branco, na primeira porta – disse Mel.
Ele voltou trazendo um copo lilás de vidro com detalhes de coração cheia de água, que por coincidência é o favorito de Melissa. Ele se sentou mai perto dela e puxou o cobertor para aparecer o rosto dela. Melissa se sentou.
– Abra a boca – disse ele.
Meu obedeceu. Ele colocou o remédio na boca dela fazendo com que seus dedos tocassem os lábios dela. Melissa sentiu um arrepio passar por todo seu corpo. Ele deu a água para ela beber. Mel tremia um pouco por causa do arrepio. Ela engoliu o remédio e deu o copo para Brandon.
– Quer ir em lugar? – perguntou ele.


– Que lugar? – perguntou Mel se lembrando da 'oferecida' do Snoobs.
– É surpresa – disse ele oferecendo a mão para ela se levantar. Mel calçou sua bota de camurça e vestiu um casaco por cima do suéter, pois estava muito frio.
Eles saíram e andaram na direção oposta da casa dele. A rua estava deserta exceto por eles dois. O ar gelado que entrava no pulmão de Melissa parecia cessar o enjoo. Eles andaram mais um pouco até Brandon a puxar até uma trilha. As folhas estavam molhadas, talvez por causa da umidade que estava no ar. Eles passaram por um tronco caído e por alguns ninhos de passarinho. Brandon estava um pouco na frente dela.
– Chegamos – disse ele.


Melissa chegou perto dele e observou o lugar boquiaberta. Havia árvores ao redor e um penhasco. A paisagem no horizonte era linda. Havia um oceano adormecido cercado por montanhas e árvores congeladas. Onde ele estavam havia uma árvore solitária, mas era a mais linda ali, seu tronco era grosso, mas liso e as folhas estavam brancas. Brandon se sentou debaixo da árvore como em seu sonho, mas esse Brandon sorria para ela e acenava para ela se sentar ao lado dele.
– É lindo aqui. Como você descobriu esse lugar?
– Minha mãe havia me mostrado uma vez. Antes dela ir embora.
Melissa encostou a cabeça no ombro de Brandon.
– Então aqui é o seu esconderijo?
– Digamos que sim. Eu venho aqui para compor, ou para pensar, principalmente.quando estou triste – ele se virou e olhou para ela, Mel ergueu a cabeça – Minha mãe havia me dito que quando eu gostasse muito de alguém era para mim trazer ela aqui.


O coração de Melissa disparou mais rápido do que uma Ferrari em velocidade máxima.
Os dois ficaram se olhando. Brando passou as mãos nos cabelos dela fazendo com que ela sentisse formigamento, ele se aproximou mais dela cada um sentindo a respiração acelerada de ambos, até que seus lábios quentes tocaram nos dela. Melissa não se afastou e Brandon teve certeza que ela gostava dele, ele acariciava seu rosto frágil como se ela fosse de porcelana. O beijo de Melissa era melhor do que qualquer outra coisa no mundo. Sonhos se realizam – pensava Brandon. Quando eles se separaram Brandon a abraçou.
– Tenho que te levar de volta para casa – disse ele.
– Não – disse Mel se encolhendo.
– Está muito frio aqui fora. Você vai ficar pior.
Brandon se levantou e em seguida Melissa. Eles saíram em silêncio até a rua de suas casas. Brandon acompanhou Mel até a porta da frente.
– Você está melhor? – perguntou Brandon acariciando o rosto dela.
Melissa nem se lembrava que estava doente.


– Estou sim – disse ela se aproximando dele.
– Isso é uma boa notícia – disse ele entrelaçando seus dedos nos dela.
Ele se inclinou e a beijou nos lábios.


– Até amanhã Melissa.
– Até amanhã Brandon.
Mel se virou e abriu a porta, Brandon foi embora. Melissa o viu partir pela janela, ela foi direto para a sala.

Kurt Cobain

 

Kurt Cobain

 

Hoje Kurt completaria 47 anos se não tivesse se suicidado a 20 anos atrás. Este post é uma homenagem à ele, pois Brandon é fã ;)

 
Kurt Donald Cobain, conhecido internacionalmente por Kurt Cobain (Aberdeen, 20 de Fevereiro de 1967 — Seattle, 5 de Abril de 1994), foi um cantor, compositor e músico estadunidense, famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana. Dentre suas principais composições, o single Smells Like Teen Spirit, do segundo álbum do Nirvana, "Nevermind", foi o responsável pelo início do sucesso do grupo e do próprio Kurt, popularizando um subgênero do rock alternativo que a imprensa passou a chamar de grunge. Outras bandas grunge de Seattle, como Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarden, ganharam também um vasto público e, como resultado, o rock alternativo tornou-se um gênero dominante no rádio e na televisão nos Estados Unidos, do início à metade da década de 1990. O Nirvana foi considerada a banda "carro-chefe da Geração X", e seu vocalista, Kurt Cobain, viu-se ungido pela mídia como porta-voz da geração, mesmo contra sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou seu foco na música da banda, acreditando que a mensagem da banda e sua visão artística tinham sido mal-interpretadas pelo público, desafiando a audiência da banda com o seu terceiro álbum In Utero. Desde sua estreia, a banda Nirvana, com Cobain como compositor, vendeu mais de vinte e cinco milhões de álbuns nos Estados Unidos, e mais de cinquenta milhões em todo o mundo. Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício em heroína, doenças, depressão, fama e imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno dele próprio e de sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle, três dias após a sua morte, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio por um tiro de espingarda na cabeça. As circunstâncias de sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio e debate.
A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte, seja no cinema, em livros ou em documentários televisivos. A primeira delas foi em 1998, com o documentário Kurt & Courtney, em seguida, em 2005, foi produzido o filme "Últimos Dias", um filme de gênero drama que narrava de forma fictícia os últimos dias de vida de Kurt, e o documentário Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência, lançado em 2006, que continha entrevistas de amigos, parentes e do próprio Cobain. Em 2006, doze anos após a sua morte, a revista Forbes listou as treze celebridades mortas que mais lucraram nos últimos doze meses do respectivo ano. O cantor ficou em primeiro lugar da lista, com ganhos estimados em cinquenta milhões de dólares.

 Fonte: Wikipédia / Google Imagens

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Capítulo 7

"Alguns deles querem te usar
Alguns deles querem ser usados por você
Alguns deles querem abusar de você
Alguns deles querem ser abusados"


Mel se virou para ver quem a tocou no ombro e deu de cara com Christopher.
– Fugindo de mim? – perguntou ele sorrindo.


Mel deu um sorriso sem graça
– Por que eu estaria fugindo de você?
– Não sei. Você está bem? – perguntou ele.
– Mais ou menos – disse se sentando em dos bancos do corredor da escola, Christopher se sentou ao lado dela.
– Por que mais ou menos?
– Por que todo esse assunto de morte me deixa mal. Meu pai morreu e foi difícil superar, ainda me afeta.
Christopher a abraçou. O abraço dele era aconchegante – pensava Melissa. De repente Brandon apareceu.
– A professora mandou eu ver se você estava bem – disse ele com uma expressão séria.
Mel se levantou e sem dizer nada voltou para a sala.
Brandon continuou ali, parado encarando Christopher.
– Quantos anos você tem? – perguntou Brandon.
Christopher ergueu as sobrancelhas.
– Sério? Você gosta dela?
– Eu te fiz uma pergunta.
Christopher se aproximou de Brandon.
– Tenho idade o suficiente para ficar com ela.
Brandon não se controlou e o empurrou com um soco no ombro.
– Ficou louco? – gritou Brandon – Ela é só uma menina!
O policial encarou ele e bateu de leve em seu ombro.


– Garoto, fique de fora disso – ele olhou Brandon de baixo pra cima – Você não é uma ameaça.
Depois ele saiu de perto de Brandon e entrou na sala de aula. Brandon fervia de raiva.


Três aulas se passaram até o intervalo. Mike, Brandon e Melissa saíram juntos quando o sinal soou, eles foram até o refeitório que estava lotado de alunos do ensino médio e fundamental. Eles escolheram uma mesa do meio perto da janela que tinha vista para o estacionamento. Mel não tinha pego nada para comer, já Brandon e Mike pegaram vários alimentos na cantina. Os dois comiam demais. Mel suspirou olhando para a janela. Ela não entendia, noite passada ela e Brandon conversaram sobre várias coisas significantes para ambos e hoje era como se nada tivesse acontecido. Ela prometera para sua mãe que não iria se magoar, e ela cumpriria a sua palavra. Mel viu Christopher e acenou, ele deu um lindo sorriso mostrando os seus lindos dentes e veio em seu encontro. Ele sentou ao lado dela.
– Na saída você pode me encontrar lá fora? – perguntou ele.
– Posso sim, por que? – perguntou Mel desviando os olhos.
– Nada. Só quero te fazer uma pergunta.  
– Tudo bem. – disse ela.
Christopher se levantou e foi junto a um grupo de policiais que estavam encostados em uma parede enquanto vigiavam os alunos.
– Você está afim desse policial? – perguntou Mike enquanto comia um biscoito.
Melissa riu.
– Não. Oxe.
– Tem certeza? – perguntou ele novamente rindo.
– Ela já disse que não – disse Brandon incomodado.
Todos ficaram em silêncio até Sara chegar.
– Oi Melissa! Então, eu sei que não somos amigas e nem nada, mas você por acaso não quer fazer teste pra líder de torcida? – perguntou Sara sorrindo.
Melissa já havia sido líder de torcida no Tenessi, mas saiu por motivos que nem ela sabia. Agora as coisas eram diferentes, ela queria mudar sua rotina e ter algo para se distrair.
– Talvez – disse Mel.
Sara bateu palminhas.
– Os testes começam hoje depois das aulas no campo da escola – disse ela mandando beijinho no ar depois saindo.
Mike tossiu de propósito.
– Vou assistir os ensaios só pra te ver com aquelas microssaias – disse ele rindo.
– Cala a boca Mike – disse Brandon.
O sinal tocou para os alunos se dirigirem à suas salas de aula.
Eles saíram do refeitório, jogaram suas bandejas em um balcão próprio para isso e depois foram para a sala. Era aula de artes, o professor Kyle mexia em sua pasta procurando algo, por fim ele pegou uma pasta azul transparente.
– Silêncio pessoal – disse o professor com um tom de voz um pouco alto.
Todos na sala pararam de conversar.
– Hoje passarei um questionário. Vocês irão fazer grupos de até 5 pessoas.
O professor se sentou. Melissa percebeu que Christopher não estava na sala.
– Vai ser nós três, né? – perguntou Brandon.
– O Zac já me chamou, to devendo essa pra ele por causa da aposta que eu perdi – disse
Mike bufando e fazendo careta.
– Que aposta? – perguntou Melissa enquanto copiava a questionário da lousa.
– No xadrez, agora eu tenho que fazer as lições dele até o final do mês.
Brandon riu.
– Bem feito – disse ele.
– Então só vai ser nós dois – perguntou Mel à Brandon.
– Provavelmente – disse Brandon.
Melissa pegou sua cadeira e sentou ao lado de Brandon.
O professor passava de grupo em grupo para anotar cada nome.
– Você farão juntos? Uma dupla? – perguntou o professor a eles.
– Sim – disse Mel.
O professor puxou uma cadeira e se sentou na frente deles.
– Então, cada grupo terá um trabalho para apresentar, cada tema diferente. – o professor olhou em sua pasta – O de vocês será pintura a óleo. Pode ser abstrata, ou natureza, vocês que escolhem. Alguma pergunta?
– Nós vamos fazer uma exposição? – perguntou Brandon.
– Sim, mas só na sala de aula. Os alunos apresentarão tudo no mesmo dia como misturas de várias artes. Mais alguma dúvida?
– É para entregar quando? – perguntou Mel.
O professor olhou em sua pasta.
– É para... terça-feira a apresentação do trabalhos. Mais alguma coisa?
– Acho que só – disse Brandon.
O professor se levantou e foi até o grupo de Mike.
– Vamos fazer o que? – perguntou Mel se virando para Brandon.
– Vamos ver. Nós ainda temos uma semana.
– Ok – disse Mel.
O sinal soou e todo mundo começou a conversar, mas o professor não saiu. Uma mulher baixinha e gordinha entrou.
– Pessoal – gritou o professor – Vocês irão receber um recado agora. Até a próxima aula.
A mulher passou entregando uma folha para cada aluno, quando ela entregou para Mel e Brandon eles leram:


Mel terminou de ler.
– Você vai? – perguntou Mel.
– Vo aonde? – perguntou Brandon.
– No enterro.
– Não e você?
– Não. Nem quero.
As últimas aulas passaram voando, quando Mel estava guardando o seu material Sara veio até sua mesa.
– Vamos? – perguntou ela.
– Tá bom – Mel se virou para Brandon – Hoje eu não vou embora com vocês hoje, a gente se vê. Tchau.
– Tchau, se cuida.
Elas saíram e passaram pelos corredores. Sara abriu uma porta de ginásio onde levou elas até um campo. Havia algumas meninas com roupa de líderes de torcida se alongando, em um outro canto havia algumas meninas também com o mesmo uniforme conversando, Mel reparou que uma delas era Blake. Elas se aproximaram do grupo.
– Oiii!!! Eu disse que ela viria! – disse Sara alegremente apontando para as meninas.

– Veja só quem realmente veio para os testes – disse uma menina de cabelos curtos preto que Mel nunca havia visto na vida.


– Eu sou Melany – disse ela cumprimentando Mel com um beijo rosto – Já ouvi muitas coisas sobre você.
As garotas foram simpáticas com Mel, exceto Blake que não disse uma palavra. Blake e uma tal de Nanda foram as 'juízas'. Mel se apresentou com giros, piruetas e demonstrações de elasticidade


e ritmo. Quando acabou todas comemoraram, menos Blake.
Mel se sentou na arquibancada. Outra garota foi fazer os testes, a menina não ia mal até que caiu. Mel sentiu alguém lhe cutucar, ela olhou pata trás e viu Christopher sorrindo.
– Fazendo teste para as donas do pompom? – disse apontando para outra garota que se apresentava agora.
– Sim. Mais ou menos isso.
– Quero te perguntar uma coisa – disse ele se aproximando mais dela.


– Pergunte.
– Quer ir jantar comigo na sexta?
O coração de Melissa disparou devido a adrenalina.
– Tenho que ver.
– Por que?
– Minha mãe...
– Ah sim. Se quiser eu peço para ela.
Mel ergueu as sobrancelhas
– Sério? – perguntou ela.
– Sério. Me passa o se endereço que eu passo lá.
Mel arrancou um pedaço de folha de seu caderno para anotou seu endereço e entregou para ele.
– Linda letra.
– Obrigada – disse Mel.
– A gente se vê depois – disse ele tocando de leve no queixo dela.
Ele foi embora e Mel ficou olhando ele partir.
– Você está namorando o policial bonitão? – Perguntou Sara chegando do nada.
Mel desviou o olhar encarando sua sapatilha.
– Não.
– Sei – disse Sara rindo para Melany.
– Para – disse Melissa rindo.
As apresentações para avaliações de líderes de torcida já haviam terminado, Blake e Nanda agora vinham ao encontro delas.
Quando chegaram Nanda entregou uma grande bolsa rosa para Melissa.
– O que é isso? – perguntou Melissa.
– Bem vinda às 'FaabuloussGiirlss' – disse Nanda sorrindo – Aí dentro tem o uniforme completo, uma agenda, uma caneta rosa, dois Pompom, um laço de cabelo rosa, uma garrafa de água rosa, entre outras coisas. Sara vai ser quem vai te explicar algumas regras. Bom, bem vinda de novo.
Nanda se virou e foi até as garotas que ainda se alongavam, Blake olhou para Mel de baixo pra cima.
– Parabéns. Você mereceu – disse Blake.
– Obrigada.
Blake se virou e foi até Nanda.
Sara sentou de um lado de Mel e Melany do outro.
– Abri – disse Sara apontando para a bolsa.
Mel abriu o zíper em formato de coração, dentro ela tirou uma agenda de veludo rosa com um fecho em forma de coração, dentro as folhas cheiravam a morango no meio da agenda havia o horário dos ensaios, Melissa colocou a agenda de volta na bolsa e tirou os pompons, eles eram da cor rosa claro e pink com glitter, também havia o uniforme havia uma regata curta com o nome do grupo igual de todas as outras meninas que ali estavam, tinha a saia curta da mesma cor rosa claro e pink , uma meia branca e um laço pink. Também havia uma garrafa térmica rosa.
– Ainda nessa semana você vai ganhar uma pulseira com o seu nome – disse Sara mostrando o pulso para Mel, havia uma pulseira de prata escrito seu nome.
– Os nossos são de prata, só o da Nanda e da Blake são de ouro – disse Melany.
–Verdade. É porque elas são a capitã e a vice capitã. Todo mundo sabe que quando a Nanda sair ela vai escolher a Blake – disse Sara.
– Antes seria a Keyla, mas aconteceu aquilo – disse Melany arregalando os olhos.
Melissa colocou tudo de volta na bolsa e se levantou colocando sua mochila nas costas e a bolsa no ombro.
– Vou lá gente – disse Mel.
– Espera. Me passa o seu número pra eu te explicar tudo sobre as faabuloussgiirlss.
Sara pegou seu celular e deu para Mel digitar seu número. Quando terminou ela se afastou.
– Agora vou lá gente, tchau.
Mel saiu correndo. Ela não havia avisado sua mãe que ficaria para a apresentação e havia 7 chamadas perdidas em seu celular. Ela passou pela rua rodeada de árvores ofegando. Quando parou na entrada de sua casa seu estômago congelou.


Havia uma viatura para ali. Enquanto ela entrava no seu jardim várias coisas passavam por sua mente. Seu irmão indo preso por vender drogas ou sua família assassinada por um ladrão. Mel virou a maçaneta com cautela, quando entrou a casa estava silenciosa.
– Mãe? Nate?
Ninguém respondeu. Então ela ouviu risadas vindo da cozinha, quando chegou lá viu sua mãe e Christopher sentados tomando café. Ele sorriu para ela quando a viu entrar.


– Oi mocinha, não acha que pra quem saiu da escola de manhã você está meia atrasada? – perguntou Lorena.
– Acho que sim – disse Mel.
– Ainda bem que p seu amigo me contou – Lorena se levantou e abraçou Mel que ficou sem reação – Estou tão orgulhosa de você!
– Do que?
Sua mãe se afastou.
– Você voltando a ser líder de torcida.
– Não é grande coisa.
– Lógico que é! Eu sabia que se mudar de casa seria ótimo.
Todos ficaram em silêncio devido o barulho de furadeira no andar de cima.
– Continuando, o seu amigo Christopher veio aqui me perguntar se vocês podem ir almoçar na sexta.
Mel olhou para Christopher que parecia não estar ouvindo.
– E? – perguntou Melissa.
– Vocês podem sim. Mel, você vai fazer 17 anos, eu confio em você. E além do mais ele é um amor de pessoas.
Mel deu um meio sorriso. Ela realmente gostava de Christopher, ele era gentil e doce, mas jantar com ele... Mel não queria muito. Seu coração já batia por outra pessoa que parecia não querer estar com ela.
O comunicador dele apitou com alguém falando.
Christopher se pôs de pé.
– Preciso ir. Foi um prazer te conhecer sra. Lorena.
Ele se virou para Melissa e a beijou no rosto.
– Tchau Melissa.
– Tchau.
Mel jogou a mochila e a bolsa no chão e se sentou numa cadeira apoiando-se em seu cotovelo.
Sua mãe o acompanhou até a porta. Mel ouviu a sirene da viatura cada vez mais distante até que o único som foi dos pedreiros no outro andar.
Sua mãe entrou novamente na cozinha retirando a louça de cima da mesa.
– Ele é uma graça. Aonde você o conheceu?
– Em uma sorveteria.
– Como foi o teste?
– Que teste? – perguntou Melissa sem vontade.
– O de líder de torcida.
– Foi normal. Nada demais.
– Você passou?
– Sim. E ganhei isso aqui – disse ela apontando para a bolsa no chão.
– O que tem aí? – Coisas de torcida.

Mel se levantou pegando a mochila e a bolsa e foi até a sala. Ela pegou um casaco e o colocou depois tirou a sapatilha e entrou debaixo das cobertas no sofá. Mel ligou a TV, todos os canais falavam a mesma coisa sobre uma frente fria com neve que estava previsto para o final de semana. Mel desligou a TV e deslizou pra dentro do cobertor
 

Melissa estava deitada. Ela sentia cheiro de grama e o sol raiava em seu rosto tapando a sua visão. Ela se sentou. Era um lugar lindo cheio de árvores e flores, haviam borboletas voando por toda parte. Mel se virou e viu uma paisagem ao horizonte, como aquelas pinturas em tela que você sabe que não existe, mas adora olhar. Em uma árvore enorme Mel percebeu que Brandon estava lá sentado lendo um livro. Mel se aproximou, mas alguém segurou forte em seu braço. Ela não conseguia se virar pra ver quem era. Ela começou a chamar por Brandon, mas ele nem se mexia. Mel lutava contra a mão em seu braço, mas cada vez mais machucava. Brandon começou a se levantar guardando o livro em uma pasta preta. 
– Brandon! Me ajude!
Ele somente a olhava sem expressão.
 
– Brandon! 
– Eu já te ajudei – disse ele em um tom despreocupado. 
– Do que você está falando? Me tire daqui! 
– Você escolheu isso. Eu não posso mais fazer nada.
Então ele foi embora. O céu azul e ensolarado começou a ficar cinza, as folhas das árvores e as plantas começaram a secar, as borboletas se tornaram corvos, aquela linda paisagem no horizonte se tornou morros em ruínas e o cheiro de grama se tornou cheiro de cinzas.
 
– Bem que a sua mãe te disse que eu era encantador.
Melissa finalmente conseguiu virar a cabeça para ver quem a machucava, quando ela viu seu rosto ficou pasma. Era Christopher.

– Olá Melissa – disse ele com um sorriso maligno.

– Melissa!!! Acorda!!! – gritava Lorena.





Mel acordou com dor de cabeça, ela se sentou e olhou para o relógio romano que marcava 18:47 PM. Nossa eu dormi tudo isso? – perguntou Mel a si mesma.

– Melissa! Vem comer! – gritava sua mãe.
Mel se levantou sem vontade com um pouco de tontura. Quando ela chegou na cozinha sua mãe estava fazendo algo no fogão e Nathan já estava na mesa comendo. O prato de Melissa estava preparado ela puxou uma cadeira e se sentou. A janta era arroz, salada e salsicha. Mel mexia em seu prato sem querer comer.
– Algum problema – perguntou sua mãe se sentando.
– Só to com um pouco de dor de cabeça. Não é nada.
– Você está um pouco pálida – disse sua mãe se levantando e colocando a palma da mãe na testa da filha – Você está ardendo de febre!
– Vish – comentou Nathan.
Sua mãe se levantou e saiu correndo até a sala, quando voltou estava com um casaco e as chaves do carro nas mãos.
– Vamos até o hospital.
– Não precisa mãe – disse Melissa fazendo careta.
Sua mãe a pegou pelo braço e a arrastou até o carro.
– Eu posso ir junto? – perguntou Nathan na porta.
– É melhor alguém ficar em casa. Qualquer coisa me liga – disse Lorena praticamente jogando Melissa pra dentro do carro.
Sua mãe sentou no banco do motorista e começou a dirigir. Demorou uns 20 minutos até chegar no centro.
 O hospital tinha poucas pessoas, provavelmente por causa do frio. Não demorou muito até uma recepcionista chamar elas. Lorena levou a filha até a sala 15 que marcava na folha que a recepcionista lhe dera. Sua mãe bateu na porta, um homem com avental branco a abriu.
– Entrem – disse ele.


Elas entraram. O consultório tinha um cheiro típico de hospital. Melissa se sentou em uma cadeira, mas sua mãe continuou de pé.
– Quais os sintomas que sua filha anda tendo? – perguntou o médico analisando os olhos da garota.
– Ela está quente, sem fome e meia grogue.
O médico pegou uma lanterninha, ou sei lá como chama aquilo, e analisou a parte interior da boca de Melissa.
– Bom. Não é nada grave, mas todo cuidado é pouco. Ela está com virose. Precisa comer alimentos leves, ficar bem agasalhada e tomar este remédio – disse o médico entregando uma receita médica que ele acabara de escrever.
– Obrigado – disse Lorena.
– Se por acaso acontecer dela não melhorar em 3 dias o recomendado é voltar para o hospital para uma possível internação, mas isso é bem raro de acontecer.
– Tudo bem. Obrigado doutor.
Elas saíram do hospital e pararam em uma farmácia. Mel continuou dentro do carro observando sua mãe entrar. Mel começou a ver tudo girar e perdeu a audição, ela abriu a porta com rapidez e vomitou no chão da calçada. Credo – pensou ela.
Melissa voltou para o carro e limpou a boca com um pedaço de papel que havia na bolsa de sua mãe. Quando Lorena voltou com uma sacola nas mãos. Ela entrou tremendo de frio. Quando chegaram em casa Nathan abriu a porta correndo.
– Deram injeção em você? – perguntou Nathan.
– Nathan entra – disse sua mãe com autoridade.
Eles entraram e Lorena trancou a porta. Ela colocou Melissa no sofá.
– Nathan, vai tomar banho para dormir.
– Tá bom mãe – disse ele fazendo bico.
Lorena foi até a cozinha para pegar um copo com água para dar remédio à Melissa. Ela voltou até a sala e deu o remédio para Mel.
– Não quero – disse Melissa se afastando com birra.
– O médico disse que era pra te dar isso! Agora engula! – disse sua mão enfiando o remédio goela abaixo em Melissa.
Sua mãe voltou para a cozinha. Mel ouvia o barulho do chuveiro no andar de baixo. Ela estava tonta e com mais vontade de vomitar, talvez fosse porque esse remédio tinha gosto de privada. Mel se jogou no sofá encarando o teto. Ela fechou os olhos e tudo o que pôde ver em sua mente foi Brandon olhando para ela com nojo. Mel abriu os olhos novamente, a ânsia havia voltado mais forte, ela correu até a porta da frente, pois Nathan estava no único banheiro que funcionava, depois correu até o gramado, se ajoelhou e vomitou.
– Melissa? – perguntou uma voz.
Mel olhou e viu Brandon assustado. Ela limpou a boca com a manga da blusa. Que mico – pensava ela. Brandon pulou a cerca e foi até ela.
– Você está bem? O que está acontecendo? – perguntava ele enquanto a ajudava a se levantar.
– Acho que... não sei – disse ela confusa talvez por causa do remédio de gosto de bunda suja.
– Vem. Eu vou te levar para casa.
Ele a pegou no colo e a levou. Sua mãe apareceu.
– O que aconteceu? – perguntou ela quase histérica.
– Encontrei ela lá fora vomitando.
Brandon a colocou no sofá.
– Obrigado – disse Lorena.
Mel estava começando a ficar sonolenta até que finalmente dormiu.


Continua...

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Capítulo 6

"Oh minha vida
Está mudando todos os dias
De todas as maneiras possíveis
Embora meus sonhos
Nunca sejam exatamente como parecem
Nunca sejam exatamente como parecem" - The Cranberries / Dreams


Oi, quanto tempo né? – dizia a mensagem de Brandon.

Houve um barulho de algo caindo com força no andar de cima.
– Mas que diabos eles estão quebrando lá em cima? – perguntou sua mãe a si mesma.
Lorena colocou a revista em cima da mesinha que ficava na frente do sofá e subiu as escadas para ver o que estava acontecendo no outro andar. Mel começou a teclar em seu celular.

Muito tempo kkk fazendo oq d bom?

Após alguns segundos ele respondeu.

Estou no meu quarto teclando com vc.

Eles trocaram sms até meia noite.

Já era segunda feira, o relógio apitava com um som irritante, mas para Brandon nada irritava. Noite passada ele ficou conversando com ela, Melissa. E hoje a veria de novo. Brandon levantou e foi até o banheiro, escovou os dentes penteou a cabelo e trocou de roupa, ele escolheu uma camiseta cinza desbotada, uma calça jeans, tênis all star preto e um moletom preto, pois hoje estava frio. Ainda faltava 20 minutos pra ele descer para encontrar com Melissa antes de ir para a escola. Brandon caminhou até a janela e fitou as árvores, atrás no horizonte o sol nascia. Brandon gostava de compor, ele tinha algumas musicas, mas ele só conseguia compor em um único lugar. Havia um lindo lugar atrás de uma casa antiga onde a mãe dele o costumava levar. Lá havia uma uma árvore que trocava de cor em todas as estações e também havia uma paisagem inexplicável ao horizonte. Brandon começou a se lembrar da primeira vez que esteve lá.

O sol raiava mas o vento era muito frio. Daniela caminhava com Brandon com apenas 9 anos de idade.
– Pra onde estamos indo mamãe? – perguntava ele.
– Você vai ver Brand.
Eles saíram da rua e entraram em uma trilha que dava até atrás de uma casa antiga. Havia árvores ao redor exceto do outro lado onde havia um horizonte infinito que mais parecia uma pintura. No meio do lugar havia uma única árvore que estava mais afastada das outras.



Daniela sentou na grama e pôs o filho no colo. Ela não dizia nada, somente fitava o nada.

– Que foi mamãe?
Ela abraçou seu filho com força.

– Ninguém nunca vem aqui, exceto eu. Aqui é o único lugar onde eu me sinto bem. E agora eu estou te dando ele, pois você é a pessoa mais importante para mim. Um dia quando você amar realmente alguém que também te ame de verdade traga ela aqui. E filho, aconteça o que acontecer saiba que eu te amo para sempre.
Então no outro dia ela havia ido embora.


Brandon se lembrava muito bem daquele dia. Como a sua mãe estava diferente. Lembra da felicidade e do medo que ele sentiu. Ele não conseguia odiá-la, para ele foi mais difícil do que para Bia, pois ela recém nascida. Ele sempre frequentava o lugar que a mãe dele compartilhou com somente com ele. Brandon jamais disse a ninguém.
O relógio já marcava 6:30. Era hora de descer, ele pegou sua mochila do Nirvana e desceu. Brandon passou pela cozinha e viu seu pai tomando café.
– Não vai tomar café? – Perguntou seu pai.
– Não, só vou levar isto – disse ele pegando um pacote de biscoito sabor chocolate.
– Você que sabe. Bom estudo.
– Obrigada. Tchau pai.
– Tchau, se cuida.
Brandon saiu. Estava muito frio, o ar congelava seu rosto e suas mãos descobertas. Melissa ainda não estava no balanço que ela adorava. Eles haviam combinado de se encontrarem às 6:30 no balanço para irem para a escola. Ele encostou na trave do balanço e esperou. Quando a porta da casa dela se abriu seus olhos brilharam. Ela vestia um blusão verde água de veludo, uma meia calça branca forrada, sapatilhas da mesma cor do blusão e uma toca branca bordada. Seu cabelo louro claro acinzentado voava como se ela fosse um anjo. Brandon nunca havia visto alguém tão linda quanto ela. E agora aquele anjo sorria para ele.


– Oi – disse ela tocando o nariz dele com o indicador.

Ele reparou que ela usava luvas brancas.
– Vamos? – perguntou ela.
– Vamos.
Brandon já não sabia mais se tremia de frio ou por causa de Melissa.
– Aqui o clima é estranho. Ontem estava nublado, a semana inteira foi quente.
– Verdade – disse Brandon sobre a parte que a semana foi quente. Ele nunca foi um garoto promíscuo, mas Melissa era a primeira garota que deixava ele assim. Na semana que passara ele havia sonhado que Melissa estava em cima dele o beijando em sua cama. Brandon nunca havia sonhado algo do tipo e sonhos não são possíveis de se controlar... Não que ele quisesse.
– O que você tanto pensa? – perguntou Mel toda sorridente cutucando o braço dele.
– Nada – disse ele olhando para o outro lado.
– Sonhou algo hoje? – perguntou Mel.
Brandon arregalou os olhos e olhou para o chão.


Só que você me beijava sem parar – pensava Brandon.
– Não que eu me lembre – responde ele por fim.
– Eu me lembro do meu. Eu estava em um lindo lugar, mas eu chorava, mas não sabia porque – disse Mel franzindo o cenho – Você acha que sonhos são como premonições de nossas vidas que só nós podemos decifrar?
Quem dera – pensou Brandon lembrando de seu sonho.
– Não sei. Talvez. Tudo é possível – disse ele torcendo que fosse possível.
Eles encontraram Mike no caminho eles não se falavam desde sábado.
– Oi – disse Mike sem ânimo.
– Oi  – disse Brandon e Mel juntos.
– Vocês souberam que a garota que morreu foi a Keyla? - perguntou Mike abismado.
Mel ficou surpresa.
– Meu pai já tinha me contado – disse Brandon.
– Keyla é aquela menina que inventou um boato sobre você, não é? – perguntou Melissa à Brandon.
– Ela mesma.
– Parece que quem matou ela é da escola, estão investigando o Dough e o Carter.
– Sério? Por que os dois? – perguntou Mel.
– Parece que ela estava "ficando" com os dois – disse Mike.
Brandon riu.
– Que mal gosto – disse ele.
– Você está zoando uma pessoa morta? – perguntou Mike rindo.
– Foi mal – disse Brandon.
– Mas mesmo assim, isso não é motivo pra matar alguém – disse Melissa.
– Hoje em dia até R$ 1,00 é motivo pra matar – disse Mike.
– É verdade – concordou Brandon.
– Eles vão para a escola hoje? – perguntou Melissa.
– Não sei – respondeu Mike.
Ao chegarem na escola estava mais lotado do que o normal. Haviam carros até nas calçadas, também três viaturas na frente do portão escolar.
– Nossa – comentou Mike impressionado.
Eles entraram e foram para a sala de aula. A sala estava silenciosa, havia um policial ao lado da mesa da professora Andreia, mas Melissa não viu o seu rosto. Eles entraram em silêncio, exceto Melissa que deu bom dia à professora. Eles se sentaram e o sinal tocou alto. A professora se levantou ao lado do homem. Melissa percebeu que conhecia ele de algum lugar, Brandon se virou para ela.
– Esse cara não é aquele da sorveteria? – perguntou ele com o cenho franzido.
Realmente era ele, só que com roupa do trabalho. Melissa coçou a nuca, parecia que não a tinha visto.
– Pessoal – começou a professora – Este é detetive Christopher, todas as salas terão um policial de agora em diante.
Ela gesticulou para que ele falasse.
– Bom dia. Bem, devido o que aconteceu na última festa escolar da vizinhança serão necessários algumas perguntas frequentes para vocês. Pelo que parece a garota que morreu foi assassinada e temos alguns suspeitos que serão interrogados hoje – ele parou de falar quando viu Melissa, depois se recompôs e continuou – Qualquer coisa que vocês saibam nos conte, pois qualquer pista oculta é crime.
Ele olhou para Melissa e depois se sentou em uma cadeira ao lado da professora.
– Esse cara olha pra você toda hora – disse franzindo o nariz.
– Não é toda hora, só foi duas vezes – disse ela sem graça.
Alguns alunos começaram a conversar, Mike se virou para eles sorrindo.
– Gente vai ser que nem em filmes, quando há um assassinato e todos são interrogados como suspeitos!
– Cala a boca Mike – disse Brandon.
– Isso vai ser uma chatice – disse uma menina que sentava atrás de Mike.


Ela nunca havia falado com eles nessa semana em que Melissa entrou na escola. Seu nome era Sara Parker , ela tinha cabelos louros e olhos verdes grandes, uma sobrancelha grossa e bem feita, usava uma legging de oncinha, uma regata com um colete e botas pretas.
– Por que? – perguntou Mike indignado.
– Por que eles já sabem quem matou ela, dãr.
– Bem feito pra ela, quem mandou ser uma vadia – disse uma menina que sentava atrás de Sara.


O nome dela era Blake Rudson, para Melissa ela era a menina mais linda da sala, era amiga de Keyla e de Sara, ela estava com um vestido vermelho comportado e sapatilha da mesma cor, seu cabelo ruivo claro comprido caía sob sua pele de porcelana com sardas e seus olhos eram de uma cor azul clara linda.
– Você não era amiga dela? – perguntou Brandon com ironia.
– Era – disse Blake.
– Não vejo motivo pra tanto questionamento se já sabem quem é o culpado – disse Sara bufando.
– É o trabalho deles – disse Mike.
– Tanto faz – disse Sara se virando para falar com Blake.
– Meninas chatas – sussurrou Mike para Mel e Brandon.
Todo essa conversa sobre morte deixava Mel enjoada, lhe fazia lembrar do seu pai. Ela se levantou mesmo com vergonha do policial e pediu para a professora a deixar ir no banheiro. Mel saiu, mas quando chegou no corredor sentiu que alguém a vigiava, em seguida alguém colocou uma mão em seu ombro.

Continua...





sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Estilo Melissa

                                       Roupas e acessórios que Mel usaria:


                                           Regata Feminina em Algodão 


                                                             Comprar


   

Short Abbey Dawn Trouble 



                                                            Comprar


                                               

                                      Jaqueta De Couro Feminina Vermelha


                                                          Comprar



                                                  Bota Estampa EUA



                                                            Comprar


                                                                

                                                      Colar de Lacinho


                                                          Comprar


                                                

                                        Pulseira Triângulos Preto e Prata

                                                     


                                                           Comprar



 Até a próxima :)

Capítulo 5


                                       "No segundo que eu vi você algo mudou em mim

                                      Meus sentimentos floresceram-se e vieram naturalmente

                                      Algo mudou em mim" - Dead by April / Calling

Após ver um vulto 
Melissa foi ver quem era e quando entrou na cozinha viu sua mãe e Nathan tirando alguns mantimentos de umas sacolas.
– Oi – disse sua mãe enquanto tirava os alimentos das sacolas.
Nathan pegou um donut e saiu da cozinha.
– Por que você não me acordou? – perguntou Mel se aproximando da mesa para ver o que a sua mãe havia comprado.
– Porque ontem você estava um pouco abatida então achei melhor te deixar descansar.
– Eu preferia que você tivesse me acordado.
Sua mãe olhou para ela confusa.
– O que está havendo Mel? – perguntou sua mãe preocupada.
Mel deixou uma lágrima rolar.
– É que eu tive um pesadelo e quando eu acordei eu procurei vocês por todo lado, mas vocês não estavam. Me deixaram sozinha.
Lorena abraçou a filha.
– Hey querida não fique assim. Eu estou aqui e não vou deixar nada te machucar. Eu prometo.
Mel fungou. Sua mãe se afastou.
– Agora me promete que vai ficar bem.
Mel deu um sorriso triste.
– Prometo mãe.
 Lorena deu um beijo no rosto de Mel depois se virou para fazer algo na pia.
– Qual é nome daquele rapaz?
Mel fez um bico e encarou a sua mãe.
– Qual rapaz? – perguntou ela sem vontade.
– Não se finja de idiota. Você sabe que eu estou falando do vizinho. O nome dele é Brandon não é?
– Se a senhora sabe então por que pergunta? – perguntou Melissa emburrada.

– Você gosta dele?
– Mãe para.
– Vai me conta.
Melissa começou a sair da cozinha, mas então parou.
– Eu não quero me apaixonar mãe – disse Melissa por fim.
– Você está realmente gostando dele?
– Não sei. Tem esse sentimento estranho que eu sinto quando eu o vejo, um tipo de alegria que eu nunca senti na vida e toda vez que ele me olha eu me sinto em outra dimensão como se mais nada no mundo existisse. Não sei se gosto dele só sei que ele me faz ter sensações diferentes. Eu nunca senti nada igual.
– Se você realmente gosta dele eu apoio você, mas tente não se machucar. Tá?
– Pode deixar mãe.
Mel foi até a sala e se jogou no sofá pegou seu celular e escreveu uma mensagem:

Oi. Quer passear cmg hj?


Ela foi no "procurar contatos" escolheu o número de Brandon que Mike havia lhe passado na quinta feira. Mel estava indecisa até que desistiu e desligou o celular jogando ele de lado no sofá. Se alguém tinha que convidar alguém pra sair esse alguém tinha que ser ELE.
Alguém tocou a campainha e Nathan saiu correndo para atender.
– Ooo Mãe! – gritou Nathan – São os pedreiros!
– Manda eles entrar! – gritou Lorena.
Os homens entraram e foram até a cozinha onde Lorena estava.
Mel ligou a TV procurando algo, nunca passava nada que prestasse de domingo de manhã, por fim ela deixou em um canal que passava Bob Esponja.
Enquanto ela assistia seu celular tocou. Ela pegou e quase caiu na hora que viu quem havia mandado uma mensagem.

Vc pode vir aq fora?
de: Brandon

Melissa respondeu: 'Posso sim'  e enviou.
– Mãe! – gritou melissa calçando o seu vans cinza claro – Eu vou ali fora e já volto!
– Tá bom, mas volta para o almoço! – gritou a sua mãe da cozinha.
Melissa saiu de casa e viu Brandon encostado na cerca. Quando ele a viu se endireitou e sorriu.
– Oi, quer ir comigo ali no Snoobs? 
– O que é isso?
– Uma lanchonete.
– Pra comer? – perguntou Melissa lembrando de sua mãe que havia dito segundos antes para ela voltar para o almoço. Sua mãe ficava furiosa quando os filhos não comiam na hora certa.
– Sim. Se você não quiser...
– Não! Eu quero sim – disse ela o interrompendo.
– Então vamos – disse gesticulando para eles irem.
Mel olhou para a sua casa. Minha mãe vai me matar – pensou ela.
                                                                             
                                                                              ****
Eles chegaram no Snoobs. Era uma típica lanchonete onde vendia somente alimentos gordurosos. Melissa era magra, mas amava um hambúrguer. Eles se sentaram no balcão e esperaram serem atendidos.
– Vai querer o que? – perguntou Brandon olhando para ela.
 O estômago de Melissa embrulhou, toda vez que ele a olhava ela ficava assim.
– Só um suco de maracujá – disse ela.
Uma garçonete morena, linda de olhos verdes como folhas recém nascidas veio atender eles. Ela usava um uniforme azul e branco que realçava seu corpo escultural e agora ela olhava para Brandon.
– Posso ajudar? – perguntou a mulher à ele.
Foi impressão minha ou essa mulher tá flertando com o Brandon? – pensava Melissa furiosa.
– Me vê um suco de laranja para ela e um x-burger para mim – disse ele dando um sorriso para a garçonete.
– Se quiser mais alguma coisa é só me falar – disse ela se retirando.
Melissa revirou os olhos.
– Você tá legal? – perguntou Brandon com uma sobrancelha erguida.
– Estou. Por que não estaria?
Lógico que ela estava. Onde já se viu ter ciúmes de alguém que não é nada seu, além de um amigo – pensava Melissa.
A garçonete chegou trazendo o que ele havia pedido para os dois. Ela entregou, mas continuou ali parada. Mel tomou seu suco que estava horrível, estava quente e sem açúcar. Já Brandon comia seu Burger como se fosse a sua ultima refeição.
– Está gostando? – perguntou a mulher se inclinando para frente deixando a mostra seu decote.
– Está ótimo – respondeu ele com a boca cheia.
– Quer mais alguma coisa? – perguntou ela piscando para ele.
Brandon terminou de comer. Aleluia – pensou Melissa.
– Não. Obrigado – disse ele se levantando deixando a mulher desolada.
Ele colocou o dinheiro sob o balcão e puxou Melissa até um karaokê.
– Escolhe uma música - disse ele entusiasmado.
Melissa abriu a boca e depois a fechou, olhou em volta, quase todas as mesas estavam cheias até o balcão só tinha 1 ou 2 lugares vagos. Cantar na frente daquelas pessoas seria um mico.
– Não sei...
– Vai ser legal – disse sorrindo entregando uma moeda para Mel escolher uma musica.
Ela não conseguiu resistir ao sorriso dele então ela deu de ombros e colocou a moeda na máquina. Não havia muitas musicas que ela conhecia, por fim escolheu I love rock'n roll para duas pessoas. A musica começou a tocar um pouco mais alto do que ela imaginava, Mel percebeu que algumas pessoas tinham parado de conversar. Eles começaram a cantar, no começo um pouco tímidos. Alguém começou a bater palmas junto interagindo com a musica. Então eles começaram a dançar e se soltar. A voz deles eram realmente bonitas, Brandon havia feito aula de vocal e Mel já havia nascido com o dom.


Quando a musica acabou todos aplaudiram. Melissa quase não acreditava, ela nunca se imaginou fazendo algo do tipo.
Mel se virou para Brandon.
– Você vem sempre aqui? – perguntou ela ao se lembrar da garçonete oferecida.
– Às vezes, por que?
– Nada não – respondeu ela fazendo uma careta.
– Vamos na sorveteria? – perguntou Brandon.
– Você está querendo me engordar? – perguntou Melissa rindo.
Ele a puxou até a saída. Quando chegaram do lado de fora Melissa percebeu que o dia estava começando a ficar nublado. Eles atravessaram a rua e entraram em uma sorveteria rosa e azul que mais parecia uma casinha de anões, havia algumas pessoas. Eles chegaram até um balcão que havia casquinhas de sorvetes com rostinhos felizes.

– Oi – comprimentou uma menina pequena dos cabelos castanhos e curto – Posso ajudar?
– Queremos escolher os sorvetes em bolas – disse Brandon à garota.
A menina saiu e quando voltou estava com dois pote de plástico. Ela entregou um pote para Mel e depois o outro para Brandon.
– Quando vocês acabarem de escolher é só pesar aqui – ela apontou para uma balança eletrônica depois saiu e foi para o caixa.
Brandon escolhia sem ao menos prestar atenção em qual sabor pegava. Havia uma colher para pegar os sorvete, Mel fazia força pra tirar, ela nunca foi forte.
– Deixa eu te ajudar – disse uma voz ao seu lado tirando a colher de suas mãos.
Ela olhou para o lado e viu um rapaz jovem de cabelos pretos perfeitamente cortados, ele era um pouco mais alto do que Mel, já que ela media 1,69.
– Obrigada – disse ela sorrindo para o rapaz.
– Disponha. Nunca te vi por aqui, você é nova na cidade? – sua voz tinha um sotaque diferente.
– Sou sim, vim do Tennessee.
– Meu nome é Christopher – disse ele estendendo a mão para ela.
– O meu é Melissa.
– Lindo nome, como a dona. 
Mel ouviu uma fungada e viu Brandon escolhendo os seus sorvetes. Ela tinha certeza que ele estava ouvindo.
– Christopher vamos – chamou um rapaz negro do outro lado.
– Tenho que ir. Foi um prazer te conhecer, espero te ver outra vez. Até. – disse ele indo em direção do rapaz que o chamara. Ele olhou para trás e acenou para ela depois eles saíram.
– Vamos pagar – disse Brandon aparecendo do nada.
Mel o seguiu, no pote dele tinha várias bolas, mas quase todos eram do mesmo sabor de flocos, já o de Melissa só tinha três bolas: uma de chocolate, uma de baunilha e a de limão que Christopher a ajudou pegar.
Brandon pegou o dela e pesou, depois o dele. Ele não falava nada. Após pagar para a garota eles saíram e foram em direção à suas casas.
– O que você tem? – perguntou Mel.
– Nada, por que? – disse ele enquanto comia seu sorvete.
– Você está quieto. Você é uma matraca.
Brandon riu.
– Se eu sou matraca o Mike é o que?
Melissa pensou, mas nenhuma palavra veio á sua mente.
– Não faço ideia – disse ela rindo – Não existe um adjetivo pra ele.
Brandon parecia menos distante agora. Mel roubou um pouco do sorvete dele.
– Sua ladrona de sorvete – disse ele brincando.
Eles voltaram conversando e rindo. Quando chegaram eles já haviam terminado o sorvete.
– Foi legal hoje, obrigada. A gente se vê – disse Mel indo para a sua casa.
Brandon acenou para ela 
Depois foi para sua casa também.
Quando entrou Mel foi direto para a sala. Sua mãe estava lá. Vish – pensava Mel.
– Vou ali fora e já volto? – perguntou sua mãe imitando a voz dela.
– Desculpa – disse Melissa sem graça.
De repente ele ouviu um barulho de serra elétrica, ou furadeira, sei lá, vindo do andar de cima.
– São os pedreiros. Vai ser assim por um bom tempo, até reformar a casa inteira – disse sua mãe percebendo a expressão de Melissa.
Mel se sentou ao lado de sua mãe que lia algo.
– O que é isso? – perguntou ela apontando para a revista.
– Estou escolhendo uns móveis novos.
O celular de Mel vibrou em seu bolso fazendo ela pular. Ela pegou o celular. Era Brandon.
Continua...


                                                         Happy Valentine's Day 14/02
                                                                    Para Manoel s2